Responsável civil e penalmente pelas ações do condomínio, o síndico acaba respondendo pela qualidade da água potável do prédio proveniente da rede pública, caso em seu sistema de armazenamento e/ou distribuição ocorra contaminação.

“A impermeabilização de reservatórios tem como função, além de manter a água dentro do tanque, garantir a potabilidade. Portanto, não pode haver contaminação de qualquer outra fonte como água do solo, fungos e bactérias ou do próprio impermeabilizante aplicado. Hoje, em São Paulo, os reservatórios dos novos edifícios devem ser construídos afastados do solo para evitar esse tipo de contato”.

Engenheiros afirmam, “todo reservatório de água com sistema de impermeabilização deve apresentar ensaios que comprovem que não alteram a potabilidade”. O especialista destaca que a ABNT NBR 12.170/2009, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, oferece um método de ensaio que permite verificar a qualidade da água “após o contato com o impermeabilizante”.

Além disso, “a água pode deteriorar as estruturas se penetrar no concreto”, especialmente com a ação do cloro, o qual torna o processo mais agressivo. “O elemento químico acelera a corrosão do aço estrutural do concreto armado do reservatório. É muito comum haver corrosão no teto dos reservatórios, onde há condensação da umidade com cloro. E, também, por conta da falta de impermeabilização. Isto ocorre quando o aplicador impermeabiliza até o nível em que a água tem contato com a parede de concreto, ‘esquecendo’ de proteger o teto.”

O engenheiro destaca que “a escolha adequada do sistema de impermeabilização é essencial para o bom desempenho do reservatório, sempre de acordo com a ABNT NBR 9575/2010 (Impermeabilização – Seleção e Projeto)”. “Há vários tipos de sistemas de impermeabilização do concreto como os aditivos de cristalização integral, cimento polimérico, cristalização integral por pintura, membranas elastoméricas de acrílico e poliuretano, entre outros. O projetista deve considerar que a aplicação do sistema é em área confinada, portanto, o material impermeabilizante não pode ter produtos voláteis como solventes e nem materiais comburentes. É preciso evitar sistemas que utilizem solda com maçarico em áreas confinadas. Muitos acidentes já ocorreram devido a esses fatores.”

Outros cuidados deverão ser tomados nos serviços de impermeabilização das caixas d’água, como preparar a superfície “antes da aplicação dos impermeabilizantes”, favorecendo “a estanqueidade do reservatório”; observar e tratar “falhas no concreto e ao redor das tubulações, fissuras e pontas de ferro”; e/ou, em caso de um dado sistema adotado não ter resultado eficiente, fazer reparos que selem os “vazamentos pelo lado externo sem esvaziar o reservatório, como as argamassas de cristalização integral e injeção de resinas de poliuretano”.

Por fim, ao contratar a limpeza das “caixas d’água”, o condomínio precisa evitar o uso de produtos de desinfecção à base de cloro, bem como procedimentos que resultem em abrasão da superfície (como esfregar paredes e tetos energicamente com vassouras).

Fonte: Revista Direcional Condomínios.

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